Atividades para Sala de Aula – História e Atualdiades https://historiaeatualidades.com.br Com o prof. Richard Abreu Mon, 01 Aug 2022 11:00:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Egito antigo no Google Maps. Atividade para sala de aula. https://historiaeatualidades.com.br/2022/08/01/egito-antigo-no-google-maps-atividade-para-sala-de-aula/ https://historiaeatualidades.com.br/2022/08/01/egito-antigo-no-google-maps-atividade-para-sala-de-aula/#respond Mon, 01 Aug 2022 11:00:00 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=13570 Esta atividade propõe um trabalho com a Competência Específica 7 da área de Ciências Humanas (CECH), para o 6º do Ensino Fundamental, que prever que o estudante seja capaz de utilizar “linguagem cartográfica” e “diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais” para o desenvolvimento de “raciocínio espaço-temporal”. Na atividade, o professor terá a oportunidade de trabalhar questões de temporalidade, em interface com o espaço geográfico, fazendo dialogar as disciplinas de História e Geografia em em perspectiva interdisciplinar.

Sobre a atividade:

A atividade Egito antigo no Google Maps será desenvolvida em dois momentos:

  • em sala de aula com o professor;
  • e em casa, ou no laboratório da escola, quando o estudante deverá realizar a sua própria pesquisa. Necessário computador ou smartphone com acesso à Internet;
  • A atividade também poderá ser desenvolvida em sequência única, em sala de aula, caso, os estudantes tenham acesso a smartphone com acesso à Internet.

A dinâmica pode ser realizada individualmente. Demanda que o professor(a) faça uma abordagem prévia sobre o Egito antigo e seus períodos históricos. Antes de aderir à esta proposta, o professor deverá certificar-se de que esta atividade contempla o contexto de assuntos abordados em seu planejamento.

Competências da BNCC:

Competência Específica da área de Ciências Humanas (CECH7): Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

Competência Específica de História (CEH7): Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

Habilidades de História da BNCC:

(EF06HI08) Identificar os espaços territoriais ocupados e os aportes culturais, científicos, sociais e econômicos dos astecas, maias e incas e dos povos indígenas de diversas regiões brasileiras.

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Atividades para sala de aula: trabalhando com datas no Calendário Islâmico. https://historiaeatualidades.com.br/2022/07/26/atividades-para-sala-de-aula-trabalhando-com-datas-no-calendario-islamico/ https://historiaeatualidades.com.br/2022/07/26/atividades-para-sala-de-aula-trabalhando-com-datas-no-calendario-islamico/#respond Tue, 26 Jul 2022 18:51:35 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=13438 Proposta de atividade com Calendário Islâmico para trabalhar as competências específicas 5, de Ciências Humanas, e as competências 2 e 7, específicas do componente curricular de História. Essas competências estão previstas na BNCC para o Ensino Fundamental. O público alvo são estudantes do 6º ano, 4º bimestre, conforme previsto em nosso plano de aula “O Mundo Islâmico”. Trata-se de proposta lúdica, que tem por finalidade instigar a curiosidade de estudantes desta etapa da Educação sobre outras culturas, tal como reforçar a compreensão sobre os sentidos das cronologias históricas.

Sobre a atividade:

A atividade será desenvolvida em dois momentos:

  • em sala de aula com o professor;
  • e em casa, quando o estudante deverá realizar a sua própria pesquisa.

A dinâmica proposta deve ser realizada em grupo. Demanda que o professor(a) faça uma abordagem prévia que esclareça para o estudante as diferenças entre o nosso calendário, Gregoriano, e o Calendário Islâmico, que será utilizado na atividade. Antes de aderir à esta proposta, o professor deverá, portanto, certificar-se de que esta atividade contempla o contexto de assuntos abordados em seu planejamento.

Competências da BNCC:

Competência geral 5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Competência Específica de Ciências Humanas 5: Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

Competência Específica de História 1: Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

Competência Específica de História 2: Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.

Competência Específica de História 7: Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

Desenvolvimento da atividade:

A atividade trabalha com datas. O objetivo não é que o estudante decore datas ou memorize eventos históricos. A finalidade da atividade é diversificar a dinâmica de sala de aula, fortalecer o trabalho em grupo e propiciar o uso de tecnologias para se relacionar com temáticas do componente curricular de História, além de despertar o interesse por outras culturas e compreender os sentidos das cronologias históricas.

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A cultura árabe e seu legado para humanidade: Uma viagem ao Irã durante o Ramadã. https://historiaeatualidades.com.br/2020/10/31/uma-viagem-ao-ira-durante-o-ramada-o-mes-sagrado-muculmano/ https://historiaeatualidades.com.br/2020/10/31/uma-viagem-ao-ira-durante-o-ramada-o-mes-sagrado-muculmano/#respond Sun, 01 Nov 2020 01:54:28 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=6370 Proposta de aula para o 6º ano do Ensino Fundamental. Trabalha as Competências 1 e 4 da área de Ciências Humanas e a Competência Específica 4, da disciplina de História da Base Nacional Comum Curricular.

O conteúdo foi desenvolvido a partir da perspectiva da youtuber e influencer digital, Fátima Cheaitou, em uma viagem que realizou ao Irã, durante do mês do Ramadã. A partir do vídeo de Cheaitou, buscaremos ressaltar e compreender os principais aspectos da histórica islâmica, assim como hábitos e costumes dos muçulmanos durante a festividade religiosa. O vídeo servirá de gancho, ainda, para abordagem de temáticas como “a diferença entre árabes e islâmicos”, “o surgimento do Islã, sua expansão e o domínio árabe do Mediterrâneo”, “aspectos da religião islâmica e o legado da cultura árabe para o ocidente”.

Competências da BNCC

CECHEF 1: Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

CECHEF 4: Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

CEH 4 – Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Breve introdução: o Ramadã.

O Ramadã, é o mês sagrado dos muçulmanos. Acontece anualmente, em datas distintas em relação o calendário Gregoriano. Isso, porque, árabes e muçulmanos, para suas festividades religiosas, baseiam-se pelo calendário islâmico, de forma que, em relação ao calendário ocidental, usado na maior parte do mundo, o início do Ramadã pode acontecer em dias distintos a cada ano, pois o calendário islâmico baseia-se pelos ciclos da lua.

Durante o Ramadã, os seguidores do islamismo, religião fundada por Maomé no ano de 622 d.C, reúnem-se diariamente em orações e jejum, para saudar a Allá e ao profeta Maomé e ler o Corão, o livro sagrado do Islã. O período de jejum inicia-se com o nascer do sol a cada dia e termina quando o sol se põe, quando lhes é permitido fazer uma leve refeição, para em seguida recolherem-se, novamente, em oração.

É comum, durante o Ramadã, a peregrinação à Meca e outros locais sagrados. Em Meca, os fiéis do Islã reúnem-se em torno da Caaba, uma pedra sagrada, dos tempos de Maomé, onde, de acordo com a tradição, devem dar sete voltas em sentido horário recitando versos do Corão.

Vídeo: Viagem ao Irã.

No vídeo de Fátima Cheaitou, uma youtuber e influencer digital de origem libanesa, radicada no Brasil, são apresentados alguns importantes aspectos do fé islâmica durante o Ramadã, onde podemos conhecer um pouco dos costumes e hábitos dos muçulmanos durante o evento religioso. Isso nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre a religião islâmica, a desmistificar parte dos preconceitos criados no ocidente sobre o islamismo.

https://youtu.be/wTPJc6UWNYgRamadã no Irã

Abordagem em sala de aula.

A partir do vídeo de Cheaitou, vamos buscar elos para compreensão dos principais aspectos históricos do islamismo e do mundo árabe, suas origens e expansão, assim como seu legado para a cultura ocidental.

Enumeramos, a seguir, tópicos essenciais para guiar a pesquisa do professor e a sistematização do conteúdo para sala de aula.

O que é o Islã e qual a diferença entre árabes e muçulmanos?

“Árabes”, “Islã”, “Muçulmanos”. Todos esses são termos muito conhecidos do nosso dia a dia, sobretudo, pela presença no noticiário, na mídia, de forma geral. Não raro, associados à notícias nem sempre positivas, como guerras, ataques terroristas, disputas territoriais, etc. Mas será que conseguimos diferenciar o que é cada uma dessas palavras e o que realmente elas significam? Muçulmanos e árabes são a mesma coisa? O que é islamismo, afinal? Parta dessas questões para estabelecer o que cada um desses termos significa e suas diferenças. O objetivo é que os estudantes possam:

  1. Compreender quem são os árabes e saber diferenciá-los no espaço-tempo de outros povos que professam a fé islâmica; e
  2. entender que, apesar de o Islã ser uma religião de origem árabe, cujo seguidores são chamados de muçulmanos, nem todo muçulmano é árabe e, eventualmente, nem todo árabe é necessariamente muçulmano, embora essa seja a religião oficial do país em que vivem.

Estabelecidos esses elos de compreensão, você poderá partir para novas investidas, aprofundando o tema.

O surgimento do Islã, sua expansão e o domínio árabe do Mediterrâneo.

Por que Meca é uma cidade sagrada para os muçulmanos e como surgiu o Islã? Essa são questões chaves para inciar as discussões em torno do surgimento do islamismo, enquanto religião que unificou o povo da arábia e deu origem a um estado árabe, na península arábica. Aqui é importante que os estudante compreendam importantes aspectos da história árabe, como e do surgimento do islamismo:

  1. A Arábia pre-islâmica, sua constituição e localização geográfica;
  2. Quem foi o Profeta Maomé;
  3. As visões de Maomé que fundamentaram a criação do Islã;
  4. A fuga de Maomé para Medina e a retomada de Meca pelos seguidores do Islã;
  5. A expansão do islamismo para outros continentes, como África, Ásia e Europa e o domínio do Mediterrâneo.

Aspectos da religião islâmica: o Ramadã e o seu significado para os seguidores do islamismo.

O Ramadã é o mês sagrado para os muçulmanos. Todos os anos, milhares de seguidores do Islã dirigem-se à Meca, onde reúnem-se diariamente em orações e fazem jejum durante todo o dia. A data as festividades do Ramadã é regida pelo calendário islâmico, que difere do calendário Gregoriano, utilizado no mundo ocidental. Assim, o início do Ramadã, a cada ano, acontece em datas diferentes conforme o calendário cristão ocidental.

Ao abordar este tema, esteja certo de que os estudantes vão conseguir compreender e identificar:

  1. A origem do Ramadã como mês sagrado muçulmano;
  2. A diferença entre os calendários cristão e islâmico;
  3. O que é o Corão e os principais fundamentos da religião islâmica;
  4. Locais sagrados para os muçulmanos;
  5. Aspectos do islamismo que relacionam-se com o Cristianismo.

Cultura árabe e seu legado para o mundo moderno.

Os árabes foram responsáveis por introduzir no ocidente diversas invenções, que contribuíram para transformar e desenvolver a cultura ocidental, com reflexos até os dias de hoje. Álcool, alfaiate, XXX, por exemplos, são palavras comuns hoje em nosso vocabulário, oriundas do árabe. Também foram os árabes que desenvolveram a álgebra e introduziram o zero na matemática. De seu legado, podemos extrair também o aperfeiçoamento da bússola dos chineses, o que contribuiu, sobremaneira, para o desenvolvimento das navegações de longa distância que culminaram nas Grandes Navegações do século XV.

  1. As realizações do mundo árabe e sua influência no ocidente, como o aperfeiçoamento da bússola, contribuições para a ciência e a matemática.
  2. Palavras de origem árabe em nosso idioma, seus significados e origens.
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Atividade sobre Racismo e a luta antirracista, para Ensino Médio – BNCC. https://historiaeatualidades.com.br/2020/08/12/a-luta-contra-o-racismo-e-a-derrubada-de-estatuas-de-icones-historicos-uma-reflexao-para-sala-de-aula/ https://historiaeatualidades.com.br/2020/08/12/a-luta-contra-o-racismo-e-a-derrubada-de-estatuas-de-icones-historicos-uma-reflexao-para-sala-de-aula/#respond Wed, 12 Aug 2020 09:00:00 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=5372 Atividade sobre Racismo e a luta antirracista, proposta para Ensino Médio, com habilidades e competências da BNCC.

Nesta atividade propomos uma reflexão sobre uma questão bastante pertinente aos nossos tempos: o racismo e a luta antirracista. Na atividade vamos trabalhar com o texto publicado em uma coluna de uma revista semanal de grande circulação nacional. A atividade contempla as Competências Específicas 1, 5 e 6 da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para o Ensino Médio, assim como as Habilidades EM13CHS101, EM13CHS504 e EM13CHS601 da BNCC.

A atividade faz uso do texto “Nem Cristo escapa: militante derrubaria estátuas brancas“, da colunista Vilma Gryzinski, publicado em junho de 2020, na revista Veja, abordando os principais pontos de vistas da autora sobre a ação do movimento Black Lives Matter, buscando contrapontos e convergências sobre a atuação do movimento.

Abordagem da temática

Um fenômeno que emergiu nos últimos anos nos EUA, na esteira de protestos antirracistas, desencadeados pelo assassinato de um homem negro por policiais brancos em maio de 2020. Espalhou-se fortemente pelo mundo, exigindo a retirada de locais públicos, de estátuas de ícones brancos, de pessoas que, de alguma forma, passaram à história carregando vínculos com o passado escravocrata de algumas nações ocidentais.

A medida que o movimento ganhou força, erigiu-se uma grande polêmica em torno da questão, com argumentos prós e contra a iniciativa. Em que pese a força dos argumentos de ambas a partes, exageros foram verificados dos dois lados, em atos, muitas vezes, irrefletidos sobre as próprias ações. Nos EUA, e em outros cantos do mundo, os governos ameaçaram criminalizar as ações de depredação dos monumentos públicos. O clamor das massas, no entanto, não sem razão, deixou um saldo de dezenas de estátuas decapitadas e monumentos de relevante valor histórico em ruinas.

Considerando a relevância do tema para o momento atual, julgamos ser de grande valor trazê-lo para reflexão dentro de sala de aula, onde questões históricas envolvendo racismo, escravidão, lógicas de exclusão e diferenças sociais, podem ser debatidos a luz da razão, e despertar o nosso interesse para questões que abalam o nosso tempo.

Competências e Habilidades da BNCC

Competências e habilidades da BNCC que serão trabalhadas nesta atividades:

Competência Específica 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.

Habilidade: EM13CHS101: Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.

Competência Específica 5: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.

Habilidade EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.

Competência Específica 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Habilidade EM13CHS601: Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo as quilombolas) no Brasil contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país.

Proposta de atividade

Em junho de 2020, a colunista da revista Veja, Vilma Gryzinski, publicou em sua coluna um texto bastante curioso: “Nem Cristo escapa: militante derrubaria estátuas brancas“ (24/06/2020). No texto, a autora promove uma reflexão sobre as ações do Movimento Black Lives Matter, especialmente, sobre um de seus signatários, o ativista Shaun King e suas propostas de retirada de estátuas de personagens históricos brancos de ambientes públicos. O texto de Vilma Gryzinski está disponível neste link. Você deve enviá-lo aos estudantes e em seguida, desenvolver com a turma as seguintes questões:

Questão 1:

A autora inicia seu texto fazendo duas referências a publicações de um certo militante do movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam), identificado como Shaun King, publicadas em uma rede social. Em seguida, faz um paralelo entre a sua aparência e a de dois ícones da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, no século passado, Martin Luther King e Malcom X:

“(Shaun) King ganhou notoriedade como militante do Black Lives Matter. Usa até um bigodinho fino parecido com o de seu xará muitíssimo mais famoso, Martin Luther King, além de óculos e cabelos à la Malcolm X”

A partir da leitura do texto, pode-se inferir que a autora pretende enaltecer a figura de Shaun King e seu ativismo, comparando-o à Martin Luther King e Malcom X? Quem foram essas figuras históricas, Martin Luther King e Malcom X?

Questão 2:

Em uma de suas publicações de Shaun King, referidas pela autora, o ativista afirma:

“Na Bíblia, quando a família de Jesus quis se esconder, se misturar na multidão, adivinhe para onde foi? Para o Egito, não para a Dinamarca”

Por que Shaun King entende que a “família de Jesus” escolheu o Egito, e não o país europeu, para se esconder de perseguições?

Questão 3:

No trecho abaixo, a autora aponta o que seria um contrasenso do movimento Black Lives Matters, quanto a derrubada de estátuas de alguns personagens históricos. Para isso, cita nomes como George WashingtonCristóvão Colombo e Ulysses Grant como possíveis alvos do movimento:

“Quando George Washington é tombado e urinado, Cristovão Colombo decapitado e nem o general Ulysses Grant, o comandante das forças unionistas que derrotaram os estados confederados sublevados para manter a escravidão escapa, a coisa está pavorosa.”

Por que a autora entende que a retirada de estátuas públicas desses personsagens, principalmente de Ulysses Grant, mostra-se como um ato radical e de pouca reflexão da parte do movimento Black Lives Matters?

Questão 4:

O ponto central do texto da autora, gira em torno da ideia de Shaun King, que propõe retirar de igrejas e locais públicos, representações em imagens que retratam Jesus em tons de pele claros. Para embasar seu ponto de vista, a autora cita uma outra publicação do ativista:

“Todos os murais e vitrais do Jesus branco e sua mãe europeia e seus amigos brancos devem vir abaixo. São um instrumento da supremacia branca”

A partir a leitura do texto da autora, você entende que ela é contra ou a favor às ideias de Shaun King?

Questão 5:

Em determinado momento, a autora afirma:

“Todo mundo sabe que as representações de Cristo são uma projeção dos traços dos fieis nos países de origem, incluindo as imagens com feições indígenas e orientais, adaptadas principalmente pelos jesuítas quando eram os soldados da linha de frente da evangelização”

E para corroborar a sua afirmação, indica obras de Caravaggio, um importante expoente da pintura barroca italiana do século 17, sustentando que:

“Em seus quadros, o divino e o humano saltam da tela, com os corpos barrocamente retorcidos banhados pela iluminação cinematográfica. A brancura é mais a antecipação da morte, na série da Via Crucis, do que uma representação racial. E os personagens que cercam Jesus definitivamente não tomariam café num balcão do Alabama na época da segregação racial no Sul dos Estados Unidos.”

Por que, para a autora, os personagens “que cercam Jesus” nas representações de Caravaggio, não seriam dignos de tomar um “café num balcão do Alabama na época da segregação racial nos Sul dos Estados Unidos”?

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Uma aula de história com o ogro Shrek. https://historiaeatualidades.com.br/2020/05/20/cinema-em-sala-de-aula-uma-aula-de-historia-com-o-ogro-shrek/ https://historiaeatualidades.com.br/2020/05/20/cinema-em-sala-de-aula-uma-aula-de-historia-com-o-ogro-shrek/#comments Wed, 20 May 2020 21:00:00 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=3721 Usar o cinema como recurso pedagógico é sempre uma boa oportunidade para vivenciar o lúdico em sala de aula. Nesta proposta de atividade, analisarei possíveis abordagens da animação produzida pela DreamWorks, em 2001, Shrek, um conto como nunca se viu. A proposta é para trabalhar com estudantes do 6º sexto ano do Ensino Fundamental. A escolha de Shrek não necessariamente pela ambientação histórica, mas principalmente por outros fatores que permeiam a trama do filme, como os conceitos de empatia, amizade, solidão, felicidade, além de tantos outros aspectos sublimes que perpassam a animação. Portanto, ao observar o enredo sob essa perspectiva, fiquei bastante convicto de que seria uma excelente oportunidade, não só para ambientar os estudantes no início dos estudos de Idade Média, por exemplo, mas também pela possibilidade de ‘transversalizar’ temas tão contundentes para os tempos atuais.

Shrek, um conto como nunca se viu

Shrek, um conto como nunca se viu é a primeira de uma série de outras três animações que foram grande sucesso de bilheteria em todo mundo na última década. Os demais títulos são Shrek 2 (2004), Shrek Terceiro (2007), Shrek para sempre, capítulo final (2010). As dublagens originais contam com as vozes de Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, entre outras personalidades do cinema. No Brasil, as dublagens do primeiro filme tiveram a participação do saudoso humorista Bussunda dando voz ao personagem principal.

Considerações históricas sobre Shrek…

A trama de Shrek é ambientada em algum momento da Idade Média, impossível de precisar. Mas pelas características da história, bem possível que seja entre o séculos V e X (Alta Idade Média). O filme não é uma obra de história, nem documental. Trata-se de uma película de entretenimento para o grande público, logo rigor histórico não é uma premissa. Mas em sala de aula, é importante pontuar algumas inconsistências. Indicaremos algumas das mais gritantes. A primeira delas é que na cena inicial do filme, Shrek aparece lendo um livro, aparentemente impresso e encadernado. Considerando outros aspectos do enredo, pode-se inferir que a trama se passa em um tempo bem anterior ao do surgimento da imprensa de Gutemberg, portanto, não havia livros impressos na época de Shrek, tão pouco de acesso tão fácil que um ogro, isolado em um pântano distante, pudesse ter um.

O segundo ponto a considerar diz respeito à chegada de Shrek ao castelo onde vive lord Foquard. A aparência do castelo remete mais a um arranha-céu contemporâneo do que a um castelo medieval, com direito a catracas giratórias bastante parecidas com a que vemos habitualmente nas portarias de prédios modernos. Consideremos que sejam licenças poéticas da produção que em nada estragam a beleza do filme.

Outros detalhes pululam na tela vez ou outra, como os lustres do castelo de Foquard, que parecem indicar luz elétrica. Por fim, na cena final quando todos comemoram o tão esperado final feliz de Shrek e Fiona em uma festa, o Burro faz papel de vocalista principal usando um microfone. Não tomemos tais coisas como um erro, mas como pontos sobre os quais podemos chamar a atenção em um contexto de aula.

Breve sinopse, os personagens e algumas ilações

Tudo se passa quando Lord Foquard, um príncipe feio e nanico, inicia uma verdadeira caçada aos personagens de contos de fadas. Todos eles são aprisionados pelos guardas do príncipe e lançados de uma só vez no pântano onde Shrek desfrutava de plena paz e tranquilidade. Um burro falante e muito inconveniente é o primeiro a chegar, depois os sete anões, a Branca de Neve, Pinóquio e todos os outros. Shrek ver, repentinamente, seu canto de refúgio tomado por barulhentas e irritantes criaturas. Inconformado, resolve recorrer a Foquard para que seu pântano seja devolvido, mas ao encontrar com o príncipe, recebe uma proposta: salvar a princesa com a qual o príncipe pretende se casar, e que vive aprisionada em um castelo protegido por um feroz dragão, em troca da restauração da paz em seu pântano. Shrek topa o desafio e parte para a aventura.

Assim, em Shrek, um conto como ninguém nunca viu, as coisas não são exatamente como o habitual de um conto de fadas. O próprio Shrek é a personificação de tudo aquilo que um príncipe não poderia ser: toma banho de lama, solta flatulências, arrota a vontade e ainda por cima cheira mal e vive em um pântano fétido. Enfim, é um ogro. No entanto, é ele que salva a princesa! Em contraste com todas as suas qualidades de brutamontes, porém, Shrek é dotado de sensibilidade, tem virtudes e no fundo se ressente da solidão que tanto busca. Na verdade, sofre com o sentimento de rejeição que a sociedade lhe impõe.

Foquard, o ‘príncipe’

Lord Foquard, por outro lado, o ‘príncipe’ da história, é um ser abjeto, uma criatura abominável, dominada pelos sentimentos de inveja e ambição. Por impotência, é incapaz de salvar a própria princesa com quem deseja se casar e propõe uma barganha a Shrek. O importante para ele é se beneficiar das circunstâncias. No final das contas, fica claro, o príncipe na verdade é o ogro. Compreendem?

Burro, o ‘tagarela’

O personagem impossível de escapar à atenção do telespectador, que também é a figura mais engraçada do filme, é o Burro. E o encontro dele com Shrek, já no comecinho da história, dá a pista para entendermos de que tipo de sujeito estamos falando. O Burro é aquele cara entrometido, oferecido, falastrão sem nenhum senso de ‘simancol’, por isso, pouco conveniente para se ter por perto. Mas, por trás dessa maneira extravagante, revela-se um amigo solidário, leal e que demonstra empatia aos dilemas existenciais de Shrek, mesmo que só tome patadas do ogro. Se torna, por fim, um grande conselheiro do amigo.

A princesa

A princesa Fiona vive enclausurada em uma torre, protegida por um dragão. Para resgatá-la, Shrek precisa subjugar o dragão e vencer diversos obstáculos. Faz tudo em companhia de seu parceiro Burro. Fiona, no entanto, sonha com um príncipe, “o amor verdadeiro”, de que ganharia um beijo que faria quebrar a maldição que a faz virar um… ogro, todos os dias, ao cair da tarde. Para sua surpresa, no entanto, seu herói não chega montando em uma alazão, mas acompanhando de um burro pangaré e não é nada menos nada mais que também um… ogro!

Enfim…

Shrek resgata a princesa e determina-se a levá-la de volta a Lord Foquard em troca do sossego em seu pântano. No caminho, os dois se apaixonam. O que era uma maldição para Fiona, se torna sua verdadeira felicidade (viver como um ogro ao lado de Shrek) e o que parecia impossível a Shrek (encontrar um amor), se torna uma realidade. E assim, foram viver… feios para sempre.

Abordagem em sala de aula e metodologia

Feita a contextualização do filme, passemos a algumas considerações para utilização do filme em sala de aula. Lembrando que a proposta é trabalhar Shrek com turmas do 6º sexto ano do Ensino Fundamental. O momento oportuno, como já colocamos no tópico inicial deste post, é quando o professor for dar início aos trabalhos com Idade Média, então, conforme nossa sugestão de planejamento para sexto ano de acordo com a BNCC, este assunto estaria contemplado a partir do quarto semestre letivo.

Exibição da filme para a turma

Passo fundamental para iniciar os trabalhos é assistir ao filme. Caso já tenha feito em outro momento, é recomendável que o faça novamente, a partir das reflexões propostas aqui. O filme está disponível no serviço de streaming da Amazon. O custo de assinatura do serviço é de R$9,90 mensal. Após isso, levar o filme para a turma. Caso a escola não possuam um local apropriado, com acesso a Internet e o serviço de streaming referido, buscar alternativas. Certamente, ainda é possível encontrar uma cópia do filme em DVD, levantamento que pode ser feito entre os próprios estudantes, caso o professor não de disponha de uma.

Material necessário para esta etapa

  • Sala de cinema ou auditório, provido de acesso a Internet, telão e serviço de streaming da Amazon.
  • Caso não disponha do itens acima: providencie uma cópia do filme em DVD, computador com leitor de DVD, datashow e espaço adequado para projeção (pode ser a própria sala de aula).
  • Promova um ambiente acolhedor (é possível uma pipoquinha?)
  • Contextualize com o estudantes o assunto que vai trabalhar.

Abordagens possíveis

São muitas as perspectivas sob as quais você pode trabalhar com Shrek, envolvendo seus estudantes em reflexões sobre importantes temáticas. Relacionamos algumas sugestões que esperamos, possam ser úteis na elaboração do seu plano de aulas.

Perspectiva histórica

  • Castelos e cidades fortificadas na Idade Média;
  • Relações de poder;
  • Vestuário, Costumes e Hábitos;
  • Papel da mulher na sociedade medieval e contemporânea.

Temas transversais (competências sócio-emocionais)

  • Empatia;
  • Solidão;
  • Humor;
  • Amizade e Lealdade;
  • Felicidade;
  • Padrões de beleza na sociedade medieval e contemporânea.

É importante que você reserve um tempo necessário para elaborar a sua aula. Formule questões que leve a turma à reflexões sobre as perspectivas propostas e pense também em uma forma de avaliar tudo isso.

Repositório de cenas

Separamos abaixo um repositório de cenas de Shrek que podem ser úteis para retomar algum aspecto específico do filme com a turma. Os vídeos estão disponibilizados no Youtube, pelo canal Baú de Cenas.

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