Civilizações – História e Atualdiades https://historiaeatualidades.com.br Com o prof. Richard Abreu Sun, 08 Oct 2023 20:35:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Fenícia: resumo da história dos povos fenícios. https://historiaeatualidades.com.br/2023/10/08/fenicia-resumo-da-historia-dos-povos-fenicios/ https://historiaeatualidades.com.br/2023/10/08/fenicia-resumo-da-historia-dos-povos-fenicios/#respond Sun, 08 Oct 2023 20:35:57 +0000 https://historiaeatualidades.com.br/?p=16558 A Fenícia constituiu-se como uma civilização antiga do Oriente, onde hoje situa-se o território atual do Líbano. Os fenícios eram povos de origem semita, cuja principal atividade econômica foi o comércio marítimo com outros povos da região. Seu apogeu estendeu-se do início do século 14 a.C, com o declínio da civilização cretense, até aproximadamente o século 8 a.C, quando foram dominados pelos Assírios. São reconhecidos, sobretudo, pela invenção do alfabeto, o que permitiu a integração comercial e cultural de diversas regiões com as quais mantiveram relações.

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  1. Índice de conteúdo
  2. Localização geográfica
  3. Características da civilização Fenícia
    1. Religião fenícia
  4. Alfabeto fenício
  5. Apogeu, declínio e queda dos fenícios
  6. Outras civilizações do mundo antigo

Localização geográfica

A Fenícia estava localizada em uma estreita faixa de terra, de aproximadamente 200 Km de extensão, por 40 Km de largura, abrangendo, o que corresponde, atualmente, a parte do território do Líbano. Ao norte, fazia fronteira com a Ásia Menor, ao sul com a Palestina, a leste com as cordilheiras do Líbano, e a oeste, com o mar Mediterrâneo.

Localização geográfica da Fenícia x Território atual do Líbano

Características da civilização Fenícia

A civilização fenícia ficou marcada, principalmente, por suas habilidades em navegação, pelo comércio e, sobretudo, pelo desenvolvimento do sistema de escrita alfabética. Suas cidades-estados independentes e sua influência cultural deixaram uma marca duradoura na história do Mediterrâneo Oriental.

Algumas de suas principais cidades-estados foram Tiro, Sidon e Biblos. Essas cidades ganharam notoriedade por suas habilidades em construção naval e prática do comércio, e estabeleceram colônias em várias partes do Mediterrâneo, em locais como Tunísia (Cartago), Sicília, Sardenha, Chipre e outras.

Religião fenícia

A religião na civilização fenícia era politeísta, o que significa que os fenícios adoravam vários deuses e deusas em um panteão divino. Suas crenças religiosas foram influenciadas por outras culturas do Mediterrâneo Oriental, incluindo egípcios e mesopotâmicos, mas também desenvolveram suas próprias tradições religiosas.

Alguns dos deuses e deusas mais importantes incluíam Baal, que era o deus do céu, da tempestade e da fertilidade, e foi uma das divindades mais cultuadas da religião fenícia. Outras divindades importantes do panteão fenício foram: Astarte, que era a deusa da fertilidade, do amor e da guerra; Melqart, que correspondia a Hércules, na mitologia grega; Eshmun, o deus da cura e da medicina e Resheph, deus da peste e da guerra.

Os rituais religiosos dos fenícios incluíam sacrifícios de animais e oferendas de alimentos, além de vinhos e outros bens. Os fenícios não deixaram muitos registros escritos de sua religião, e pouco se sabe, com precisão, sobre seus textos sagrados ou mitologia. Ainda, assim, com avanços das pesquisas arqueológicas, é sabido que a religião fenícia exerceu influência sobre outras culturas da região do Mediterrâneo, especialmente por meio das colônias que fundaram, a exemplo de Cartago, que também adotou e adaptou diversos elementos da religião fenícia.

Alfabeto fenício

Uma das principais contribuições da civilização fenícia à mundo antigo, foi o desenvolvimento e difusão de um novo sistema de escrita alfabético. A principal diferença entre o sistema de escrita fenício e os demais sistemas de escrita antigos está na sua natureza alfabética e na simplicidade do seu conjunto de caracteres. No alfabeto fenícios, cada símbolo (letra ou caractere) representava um som consonantal individual, o que o diferia das demais escritas antigas, como os hieróglifos egípcios ou a escrita cuneiforme suméria, que eram predominantemente logográficos, onde os símbolos representavam palavras ou ideias em vez de sons individuais.

Assim, o alfabeto fenício constituía-se em uma escrita bastante flexível, uma vez que os caracteres podiam ser usados para representar uma variedade de idiomas semíticos diferentes, adaptando-se às necessidades linguísticas específicas. Dessa forma, ao estabelecerem-se em diferentes regiões ao redor do Mediterrâneo, ao fundarem as suas colônias, os fenícios podiam usar o seu sistema de escrita para escrever em línguas locais.

O alfabeto fenício era relativamente simples, consistindo em cerca de 22 a 30 caracteres consonantais, dependendo da época e da região e serviu como base para o desenvolvimento de muitos outros sistemas de escrita, incluindo o grego antigo, o latino, o cirílico e outros alfabetos usados em várias partes do mundo antigo. Isso tornou o alfabeto fenício um dos sistemas de escrita mais influentes da história.

Apogeu, declínio e queda dos fenícios

O apogeu da civilização fenícia ocorreu durante os séculos XI a.C. a VIII a.C. Durante esse período, os fenícios estabeleceram-se como uma das principais potências no Mediterrâneo Oriental e desfrutaram de um período de grande influência política, econômica e cultural. Durante esse período, os fenícios estabeleceram rotas comerciais que se estendiam por todo o Mediterrâneo, comercializando uma ampla gama de produtos, tais como cerâmica, vidro, metais preciosos e tecidos. Suas cidades-estados prosperaram e tornaram centros comerciais importantes, com portos movimentados e economias robustas.

Os fenícios mantiveram relações comerciais e diplomáticas com diversas outras potências da época, como o Egito, a Assíria e a Babilônia e muitas vezes atuavam como intermediários em relações comerciais entre esses impérios.

Ao longo do tempo, porém, os fenícios enfrentaram desafios diversos, como conflitos com impérios vizinhos, como os assírios e os persas, o que levou ao declínio da civilização, especialmente após as Guerras Púnicas entre Cartago (uma colônia fenícia) e Roma.

Seu declínio, no entanto, foi um processo gradual, que envolveu outros fatores que levaram ao enfraquecimento de sua civilização, tal com o surgimento de novas rotas comerciais, concorrências e invasões de outros povos e enfraquecimento cultural. O legado fenício, porém, incluindo seu alfabeto e suas contribuições culturais, continuaram a influenciar as civilizações posteriores na região do Mediterrâneo e além.


Outras civilizações do mundo antigo

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Egito antigo: um breve resumo da história. https://historiaeatualidades.com.br/2020/04/26/resumo-da-historia-do-egito-antigo/ https://historiaeatualidades.com.br/2020/04/26/resumo-da-historia-do-egito-antigo/#respond Sun, 26 Apr 2020 18:28:04 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=3622 O Egito antigo foi uma civilização da Antiguidade Oriental que situava-se no norte da África, entre os desertos da Líbia e o mar Vermelho. Floresceu às margens do rio Nilo, na região do Crescente Fértil, e teve duração de mais de três milênios. Foi a mais longeva civilização antiga e deixou um legado cultural para a humanidade tanto no campo das artes, quanto da filosofia, da arquitetura e das ciências, que perdura até os dias de hoje.

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Índice de navegação

  1. Uma breve introdução sobre o Egito
  2. Localização geográfica do antigo Egito
  3. Origens do Egito antigo
    1. Os nomos.
    2. A Unificação do Egito
    3. Fatores da Unificação
  4. Os períodos históricos do Egito antigo
    1. Divisão cronológica do períodos históricos do Egito antigo
  5. A religião no Egito antigo
  6. Declínio da civilização egípcia

Uma breve introdução sobre o Egito antigo

Um antigo provérbio egípcio dizia que “o homem teme o tempo; mas o tempo teme as pirâmides”. Ninguém sabe ao certo quando esse ditado foi criado, mas ele reflete uma profunda verdade. Talvez, os mais conhecidos e admirados monumentos arquitetônicos da humanidade sejam, ainda hoje, as pirâmides do Egito. E você sabia que elas foram construídas há pelo menos quatro mil anos? Claro que não exatamente como são vistas hoje, pois durante todo esse tempo sofreram desgastes pela ação tempo e do próprio homem. Mesmo assim, seguem imponentes, como que se desafiassem a eternidade.

As pirâmides, aliás, são um bom exemplo do que foi a civilização egípcia. Nenhuma outra civilização humana foi tão longeva e permanente como a do Egito antigo. Sua história, como sociedade organizada, tem origem por volta de 3.200 a.C e resiste até pelo menos 31 a.C, quando a região foi anexada pelo Império Romano. Assim, senhor de uma história milenar, com mais de três mil anos de duração, o Egito do tempo dos faraós passou à história como uma das mais impressionantes civilizações antigas, e deixou um incrível legado para os dias atuais, com sua refinada cultura, monumentos, filosofia e tradições.

Localização geográfica do antigo Egito

O Egito foi umas das grandes civilizações africanas da antiguidade. Não foi a única, pois o continente abrigou, nos tempos antigos, outras civilizações como a dos núbios, que situava-se próxima ao Egito e ficou conhecida como o Reino de Cuxe.

Localização Geográfica do Egito Antigo

Quanto a sua localização geográfica, o Egito estava situado no nordeste da África. Ao oeste fazia fronteira com o deserto da Líbia e ao leste com o mar Vermelho. Na parte sul, o Egito estendeu-se até quase a nascente do rio Nilo, próximo à Núbia, atual região do Sudão. E ao norte, sua fronteira natural era o mar Mediterrâneo, onde desaguava o rio Nilo, em um grande delta.

A localização geográfica do Egito lhe deu uma posição privilegiada na antiguidade. Suas fronteiras naturais lhes proporcionaram uma relativa proteção contra ataques externos, dificultando ação de invasores. Embora, ao longo de sua história, o Egito tenha sofrido invasões externas, essas foram raras e esparsas no tempo. Isso contribuiu grandemente para certa estabilidade daquela sociedade. Sua localização, junto às margens do rio Nilo, foi fator de prosperidade para o país, pois o rio garantia terras férteis e aráveis para o cultivo e agricultura.

Origens do Egito antigo

As origens da civilização egípcia remontam há pelo menos 4.000 anos a.C., quando tribos nômades-pastoris passaram a ocupar os vales e o delta do rio Nilo. Essas tribos eram oriundas, principalmente, dos desertos da Líbia e do Saara. Os nômades eram povos primitivos que não fixavam residência em um único lugar. Viviam, basicamente, da caça e da coleta, e migravam constantemente, de um local para outro, em busca de alimentos. Mas, por que esses povos fixaram-se exatamente onde, anos mais tarde, floresceria uma das mais fascinantes civilizações da história da humanidade?

Localizado na região do Crescente Fértil, o rio Nilo era um oásis de abundância em meio ao deserto. Assim, os primeiros habitantes da região, onde se formou a civilização egípcia, chegaram até lá atraídos pelas terras férteis que o rio proporcionava, que eram ideais para a a prática da agricultura e o pastoreio de animais.

Os nomos.

A partir de um determinado momento, impossível de precisar, essas tribos, inicialmente dispersas em pequenos grupos, passaram a organizar-se em unidades político-administrativas, chamadas de nomos, que eram pequenos principados, que possuíam um líder tribal, faziam as próprias leis e cultuavam os próprios deuses. Cada nomo possuía o seu próprio panteão de divindades. À medida que desenvolviam-se, estes nomos formaram dois grandes reinos. Um ao norte, outro ao sul do rio Nilo, formando o que os historiadores, hoje denominam de Baixo e Alto Egito, respectivamente.

A Unificação do Egito

A unificação do Egito antigo decorreu de um longo processo, que teve início com a formação dos nomos. Conforme vimos, os nomos congregavam diversas tribos em torno de um líder comum e, ao longo do tempo, tornaram-se cada vez mais organizados politicamente. Assim, da união de diversos nomos, formaram-se, principalmente, dois reinos: um ao norte, outro ao sul do rio Nilo. Estes reinos viveram em relativa paz, mas a partir de determinado momento, possivelmente por volta de 3.500 a.C, passaram a entrar em conflitos cada vez mais frequentes. Até que, aproximadamente em 3.200 a 3.100 a.C, Narmer (ou  Menés), partindo do Norte, conquistou o Sul e unificou a Coroa egípcia. Com a unificação, o Egito passou a ser o primeiro Estado unificado do mundo antigo.

Fatores da Unificação

Mas, quais os fatores que motivaram o processo de centralização do poder no Egito?

Alguns autores apontam o desenvolvimento da agricultura como um dos principais fatores que impulsionaram a unificação e centralização do poder no Egito antigo. Os trabalhos de cultivo da terra, a drenagem das águas do Nilo, a criação de canais e técnicas de irrigação cada vez mais complexas, exigiam um alto grau de organização, além de demandar cada vez mais, um número maior de mão de obra.

Segundo esses autores, tais exigências, levaram, gradualmente, a centralização do poder. Primeiro a partir dos nomos, depois em reinos maiores e, por fim, em um Estado único, capaz de coordenar os esforços que demandavam cada mais organização social para o trabalho. Assim, com a unificação, o faraó tornou-se soberano na região do Nilo, e centralizava tanto os poderes políticos, quanto religiosos. O Egito, unificado, vivenciou um período de grande progresso social, embora, não necessariamente, livre de profundas desigualdades entre os seus estratos sociais.

A primeira capital do Egito unificado foi sediada em Tinis, daí o período que compreende as duas primeiras dinastias também ser chamado de Período Tinita.

Os períodos históricos do Egito antigo

A história do Egito antigo está dividida em três períodos principais:

  • Antigo Império (3.200 a.C. a 2.300 a.C.):
  • Médio Império (2.100 a.C. a 1780 a.C.); e
  • Novo Império (1580 a.C. a 1090 a.C.).

Cada um desses períodos, marca momentos específicos da história política, econômica, social e cultural do Egito, e são intercalados, por períodos mais ou menos longos, denominados:

  • Primeiro Período Intermediário, situado entre o Antigo e o Médio Império; e
  • Segundo Período Intermediário, entre o Médio e o Novo Império.

Com o fim do Novo Império a civilização egípcia entrou em sua fase final de declínio. Este período é conhecido como Baixa Época. Durante a Baixa Época, a civilização egípcia vivenciou, ainda, um curto momento de renascimento, a partir de uma ofensiva dos reis de Sais, que expulsaram os Assírios e restauraram as dinastias egípcias. Esse período ficou conhecido como o Renascimento Saíta.

Divisão cronológica do períodos históricos do Egito antigo

  • Período pré-dinástico (até 3.200 a.C.): predominam dois reinos, ao norte e ao sul, do rio Nilo, até a unificação.
  • Antigo Império (3.200 a.C. a 2.300 a.C.): período que se segue à unificação. O Egito vive um tempo de paz e prosperidade. Durante o Antigo Império foram construídas, por exemplo, as grandes pirâmides de Gizé.
  • Primeiro Período Intermediário (2.300 a.C. a 2.100 a.C.): o Egito mergulha em uma profunda crise social e econômica, com o enfraquecimento do poder central do faraó.
  • Médio Império (2.100 a.C. a 1780 a.C.): marca a retomada da estabilidade política, a partir de uma ofensiva dos reis de Tebas, que restauram o poder central do faraó.
  • Segundo Período Intermediário (1780 a.C. 1580 a.C.): novo momento de instabilidade política e social no Egito, que culmina com a invasão dos povos hicsos.
  • Novo Império (1580 a.C. a 1090 a.C.): restauração do poder central. O Egito torna-se um império, de fato, e adota uma política expansionista.

A religião no Egito antigo

A religião no Egito antigo perpassava todos os aspectos da vida política, social e cultural do país. Os egípcios eram essencialmente politeístas e possuíam um vasto panteão de deuses nacionais. O próprio faraó, personificava um deus encarnado, embora a organização do culto se desse, normalmente, em torno dos deuses locais.

Um caráter essencial da religião no antigo Egito, era a crença na vida após a morte, dai o hábito de mumificar os mortos, para que seus corpos fossem usados no pós-mortem. A continuação da vida após a morte era uma crença tão arraigada no imaginário do povo egípcio, que além da mumificação, diversos outros costumes deixaram registros de quão importante era essa questão para eles, tais como, oferendas deixadas nos túmulos e mesmo a construção de templos grandiosos que serviam de morada para os mortos.

Durante o reinado de Akhenaton, faraó da XVIII dinastia, no Novo Império, foi instituída uma religião de caráter monoteísta, por um curto período de tempo, quando a divindade central passou a ser Aton, simbolizado pelo disco solar.

Declínio da civilização egípcia

A partir da 19ª dinastia, quando inicia-se o declínio do Novo Império. Nesse momento, o Egito passa por sucessivas levas de invasões estrangeiras, até ser conquistado pelo Assírios, por volta de 670 a.C. Após um curto período de renascimento, a partir de 663 a.C, (Renascimento Saíta), o Egito cai novamente sob o domínio Persa, em 552 a.C. E assim, permanecerá até 331, quando é conquistado por Alexandre, o Grande.

Com a morte de Alexandre, em 323 a.C, iniciam-se no Egito, as dinastias Ptolomaicas, que dividem o império e dão origem aos reinos helenísticos, que perduram até a anexação final do Egito pelo Império Romano, em 30 a.C.

É o fim de uma das mais impressionantes civilizações do mundo antigo.

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