História no ENEM – História e Atualdiades https://historiaeatualidades.com.br Com o prof. Richard Abreu Sun, 29 Jan 2023 18:21:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Porque todos confessamos não se poder viver… ENEM 2020 https://historiaeatualidades.com.br/2023/01/29/enem-2020-questao-81-azul-porque-todos-confessamos-nao-se-poder-viver/ Sun, 29 Jan 2023 18:21:54 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=14585 Porque todos confessamos não se poder viver sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Constituições permitem, quando puder para nossos colégios e casas de meninos.

LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).

O texto explicita premissas da expansão ultramarina portuguesa ao buscar justificar a

A – propagação do ideário cristão.

B – valorização do trabalho braçal.

C – adoção do cativeiro na Colônia.

D – adesão ao ascetismo contemplativo.

E – alfabetização dos indígenas nas Missões.

Ao ler o texto-base da questão, percebe-se, claramente, que o gabarito correto é a letra C (adoção do cativeiro na Colônia), ou seja, a tônica do texto é justificar a adoção de escravos pela pela Companhia de Jesus, tal como a lei permitir.

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Para os Impérios Coloniais… ENEM 2022. https://historiaeatualidades.com.br/2022/12/21/questao-77-enem-2022-para-os-imperios-coloniais/ https://historiaeatualidades.com.br/2022/12/21/questao-77-enem-2022-para-os-imperios-coloniais/#respond Wed, 21 Dec 2022 14:54:33 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=14515 Para os Impérios Coloniais, o problema das doenças que atingiam os escravos era algo com que cotidianamente deparavam os senhores. Em vista disso, uma série de obras dedicadas à administração de escravos foi publicada com vista a implementar uma moderna gestão da mão de obra escravista em convergência com o Iluminismo. Nesse contexto, o saber médico adquiria um papel extremamente relevante. Este era encarado como um instrumento fundamental ao desenvolvimento colonial, dada a percepção do impacto que as doenças tropicais causavam na população branca e nos povos escravizados.

ABREU, J. L. N. A Colônia enferma e a saúde dos povos: a medicina das “luzes” e as informações sobre as enfermidades da América portuguesa. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, n. 3, jul.-set. 2007 (adaptado).

De acordo com o texto, a importância da medicina se justifica no âmbito dos objetivos

A econômicos das elites.

B naturalistas dos viajantes.

C abolicionistas dos letrados.

D tradicionalistas dos nativos.

E emancipadores das metrópoles.

Prova azul, questão 77, ENEM 2022.

Comentários. Questão 77, ENEM 2022.

No contexto colonial, o escravizado era tido como uma propriedade e encarado como um investimento feito pelos senhores escravagistas. O texto base da questão indica que as “doenças que atingiam os escravos era algo com que cotidianamente deparavam os senhores”, o que por óbvio lhes traziam grandes prejuízos econômicos. Assim, buscavam “implementar uma moderna gestão da mão de obra escravista”, o que passava pela busca e difusão de conhecimentos científicos impulsionados pelas ideias iluministas, valorativas da ciência médica. O objetivo, por óbvio, era minimizar perdas econômicas decorrentes do adoecimento e consequente falecimento de escravizados. Logo, o gabarito da questão é letra A: objetivos “econômicos das elites”.

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Nem Guerras, nem revoltas… ENEM 2021: https://historiaeatualidades.com.br/2022/11/15/questao-67-enem-2021-nem-guerras-nem-revoltas/ https://historiaeatualidades.com.br/2022/11/15/questao-67-enem-2021-nem-guerras-nem-revoltas/#respond Tue, 15 Nov 2022 13:04:27 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=14318 Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente tormento da vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece vencer pela insistência do vocabulário, levando o leitor mais crítico a cogitar que o medievais tinham razão ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o juízo final. Como um quinto cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do século X. O impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e prolongava-se para além da destruição material. As medidas adotadas pelas autoridades faziam mais que reparar os danos e reconstituir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas a práticas sociais até então vigente.

RUST, L. D. Uma calamidade insaciável. Rev. Bras. Hist., n. 72, mai-ago. 2016 (adaptado)

De acordo com o texto, a catástrofe descrita acima impactava as sociedades medievais por proporcionar a

A – correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias

B – revelação do descaso público e das degradações ambientais

C – transformação do imaginário popular e das crenças religiosas

D – remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais

E – reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias

Comentários. Questão 67, ENEM 2021:

O gabarito da questão é a letra E. Observe que esta é uma clássica questão do ENEM que exige do candidato uma boa dose de interpretação do texto base. O texto passa por uma algumas nuances, como imaginário popular em torno de questões religiosas, o impacto que os incêndios traziam às relações sociais e, por fim, arremata, concluindo que, para além dessas questões, o que era patente era a reconfiguração dos espaços urbanos e das dinâmicas da vida comunitária: “As medidas adotadas pelas autoridades faziam mais que reparar os danos e reconstituir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas a práticas sociais até então vigente”, exatamente o que pede o gabarito da questão.

Prova azul, questão 67, ENEM 2021.

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Escravidão no Brasil no período Colonial – ENEM (vários anos) https://historiaeatualidades.com.br/2021/04/16/escravidao-no-brasil-no-periodo-colonial/ Fri, 16 Apr 2021 22:17:32 +0000 https://richardabreu.com.br/?page_id=9220

História no ENEM: Questão 81, Prova Azul, 2020

Porque todos confessamos não se poder viver sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Constituições permitem, quando puder para nossos colégios e casas de meninos.

LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).

O texto explicita premissas da expansão ultramarina portuguesa ao buscar justificar a

A – propagação do ideário cristão.

B – valorização do trabalho braçal.

C – adoção do cativeiro na Colônia.

D – adesão ao ascetismo contemplativo.

E – alfabetização dos indígenas nas Missões.

A – ERRADO

B – ERRADO

C – CERTO (adoção do cativeiro na Colônia)

Ao ler o texto-base da questão, percebe-se, claramente, que o gabarito correto é a letra C (adoção do cativeiro na Colônia), ou seja, a tônica do texto é justificar a adoção de escravos pela pela Companhia de Jesus, tal como a lei permitir.

D – ERRADO

E – ERRADO

História no ENEM: Questão 81, Prova Azul, 2019

A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.

FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).

Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:

A – Coleta de drogas do sertão.

B – Extração de metais preciosos.

C – Adoção da pecuária extensiva.

D – Retirada de madeira do litoral.

E – Exploração da lavoura de tabaco.

A – ERRADO

B – CERTO (Extração de metais preciosos)

A partir do Século XVIII a Bahia passa a receber menos escravos que o Rio de Janeiro. Isso se deu, devido à descoberta do ouro, em Minas Gerais, que passou a absorver a maior parte da mão de obra escrava traficada da África para o Brasil.

C – ERRADO

D – ERRADO

E – ERRADO

História no ENEM: Questão 26, Prova Azul, 2016

Imagem de São Benedito

TEXTO II

Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiéis os ensinamentos que julgava corretos e que deviam ser imitados por escravos que, em geral, traziam outras crenças de suas terras de origem, muito diferentes das que preconizava a fé católica.

OLIVEIRA, A. J. Negra devoção. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 20, maio 2007 (adaptado).

Posteriormente ressignificados no interior de certas irmandades e no contato com outra matriz religiosa, o ícone e a prática mencionada no texto estiveram desde o século XVII relacionados a um esforço da Igreja Católica para

A – reduzir o poder das confrarias.

B – cristianizar a população afro-brasileira.

C – espoliar recursos materiais dos cativos.

D – recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.

E – atender a demanda popular por padroeiros locais.

A – ERRADO

B – CERTO (cristianizar a população afro-brasileira)

A Igreja foi uma grande aliada do regime escravocrata brasileiro, desenvolvendo um importante papel no sentido de pacificar, por meio da fé cristã, qualquer possibilidade de rebelião do negro contra a sua condição. Assim, intensificava a prática de conversão do negro africando ao catolicismo, para torná-lo dócil e obediente frente à opressão.

C – ERRADO

D – ERRADO

E – ERRADO

História no ENEM: Questão 40, Prova Azul, 2012

Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificadoporque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.

VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Paixão de Cristo e

A a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros.

B a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.

C o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.

D o papel dos senhores na administração dos engenhos.

E o trabalho dos escravos na produção de açúcar.

A – ERRADO

B – CERTO (a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana)

Vide comentário da questão anterior.

C – ERRADO

D – ERRADO

E – ERRADO

História no ENEM: Questão 05, Prova Azul, 2012

Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.

SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).

Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil tornou possível a

A – formação de uma identidade cultural afro-brasileira.

B – superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias.

C – reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.

D – manutenção das características culturais específicas de cada etnia.

E – resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.

A – CERTO (formação de uma identidade cultural afro-brasileira)

B – ERRADO

C – ERRADO

D – ERRADO

E – ERRADO

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Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos… ENEM 2017. https://historiaeatualidades.com.br/2018/09/29/apos-a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-enem-2017/ https://historiaeatualidades.com.br/2018/09/29/apos-a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-enem-2017/#respond Sat, 29 Sep 2018 19:11:21 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=2258 Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU, em 1948, a UNESCO publicou estudos de cientistas de todo o mundo que desqualificaram as doutrina racistas e demonstraram a unidade do gênero humano. Desde então, a maioria dos próprios cientistas europeus passou a reconhecer o caráter discriminatório da pretensa superioridade racial do homem branco e a condenar as aberrações cometidas em seu nome.

SILVEIRA, R. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, nº 23, 1999 (adaptado)

Enunciado:

A posição assumida pela UNESCO, a partir de 1948, foi motivada a partir de acontecimentos recentes, dentre os quais, se destacava o(a)

Alternativa:

a) ataque feito pelos japoneses à base militar americana de Pearl Harbor.

b) desencadeamento da Guerra Fria e de novas rivalidades entre nações.

c) morte de milhões de soldados nos combates da Segunda Guerra Mundial.

d) execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de concentração nazista.

e) lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki pelas forças norte-americanas.

Comentários

A questão coloca em evidência a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, pela ONU, assim como o repúdio da UNESCO a todas as formas de discriminação entre os homens no pós Segunda Guerra Mundial. No enunciado, pede que seja identificado os eventos ou fatos históricos, que serviram de motivação para a postura adotada pela UNESCO.

A alternativa correta é a letra D: “execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de concentração nazista”.

Durante a Segunda Guerra Mundial, milhões de judeus, eslavos e minorias éticas e sociais foram executados em campos de concentração do regime de extrema direita nazista, liderado por Aldof Hitler, que justificava seu atos por meio de teorias pseudo-científicas que propagavam a superioridade da raça branca do homem ariano.

Após os horrores vividos pela humanidade ao longo da Segunda Guerra, em 1948 a ONU declarou a igualdade natural de todos o homens, com  a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A UNESCO, seu braço para a Educação, a Ciência e a Cultural, publicou artigos e pesquisas científicas que desmitificavam a superioridade de uma raça sobre outra e demonstravam a unidade do gênero humano.

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A primeira Guerra do Golfo, genuinamente apoiada… ENEM 2017. https://historiaeatualidades.com.br/2018/09/03/a-primeira-guerra-do-golfo-genuinamente-apoiada-enem-2017/ https://historiaeatualidades.com.br/2018/09/03/a-primeira-guerra-do-golfo-genuinamente-apoiada-enem-2017/#respond Mon, 03 Sep 2018 13:58:44 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=2239 A primeira Guerra do Golfo, genuinamente apoiada pelas Nações Unidas e pela comunidade internacional, assim como a reação imediata ao Onze de Setembro, demonstram a força da posição dos Estados Unidos na era pós-soviética.

Hobsbawm, Eric. Globalização, democracia e terrorismo, São Paulo: Cia das Letras, 2007

Comentário da questão

A questão comentada diz respeito à hegemonia dos Estados Unidos na era pós-soviética, ou seja, após o fim da Guerra Fria e da polarização de forças entre os EUA e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS. Trata-se de um trecho do livro Globalização, democracia e terrorismo, do historiador Eric Hobsbawm, publicado em 2007

O texto apresenta dois momentos na era pós-soviética em que os EUA atuaram como potência hegemônica no mundo, mostrando seu poderio militar e influência global, praticamente, sem resistência de outras nações: a Guerra do Golfo, em 1991; e o revide aos ataques terroristas de 11 de setembro, acontecidos em Nova York, em 2001.

O que o autor quer mostrar é que com o fim da URSS e da polarização de forças entre ocidente e oriente, que se configurou pelo conflito ideológico que chamamos de Guerra Fria, os EUA passaram a atuar, livremente, sem opositores suficientemente fortes na política global.

Desde o fim da Guerra Fria, os EUA vem aumentando o número de bases militares ao redor do mundo. Em 2002, era sabido que os EUA possuíam bases militares em diversas partes do globo, por exemplo, no Paquistão, Geórgia, Filipinas, e em países da Ásia Central como Quirguistão, Uzbequistão, e Tadjiquistão, conforme este texto da BBC Brasil.

Logo, o gabarito da questão é a letra A: poder de suas bases militares espalhadas ao redor do mundo.

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No período anterior ao golpe militar de 1964… ENEM 2017. https://historiaeatualidades.com.br/2018/08/16/no-periodo-anterior-ao-golpe-militar-de-1964-enem-2017/ https://historiaeatualidades.com.br/2018/08/16/no-periodo-anterior-ao-golpe-militar-de-1964-enem-2017/#respond Thu, 16 Aug 2018 19:40:54 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=2040 No período anterior ao golpe militar de 1964, os documentos episcopais indicavam para os bispos que o desenvolvimento econômico, e claramente o desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido da justa distribuição da riqueza, resolveria o problema da miséria rural e, consequentemente, suprimiria a possibilidade do proselitismo e da expansão comunista entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela Igreja.

MARTINS, J. S. A Política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

A – a luta de classes é estimulada pelo livre mercado
B – poder oligárquico é limitado pela ação do Estado
C – doutrina cristã é beneficiada pelo atraso interior
D – espaço político é dominado pelo interesse empresarial
E – manipulação ideológica é favorecida pela privação material

Comentário da questão:

Esta é uma questão que exige muita atenção a todos os seus elementos constituidores — texto base, enunciado, alternativas e distratores. Primeiro vamos identificar a que período refere-se o texto, que é o pré-golpe de 1964 no Brasil. No âmbito internacional o mundo estava em plena Guerra Fria, com o ocidente capitalista — sob a hegemonia dos Estados Unidos — em franca guerra ideológica contra o oriente, comunista, dominado pela União das Repúblicas Socialista Soviética – URSS. Tratava-se de um momento de grande tensão social no país, com a questão da reforma agrária muito em voga, inclusive, nos discursos do presidente da república, João Goulart. O entendimento da Igreja, inimiga declarada do comunismo que avançava em diversas partes do globo como ideologia e como projeto de governo de vários Estados, era de que o desenvolvimento econômico, aliado a uma justa distribuição de renda, poderia conter a disseminação de tais ideias. O gabarito da questão é a letra E: “manipulação ideológica é favorecida pela privação material”.

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O instituto popular, de acordo com o exame da razão… ENEM 2017 https://historiaeatualidades.com.br/2018/08/06/o-instituto-popular-de-acordo-com-o-exame-da-razao-enem-2017/ https://historiaeatualidades.com.br/2018/08/06/o-instituto-popular-de-acordo-com-o-exame-da-razao-enem-2017/#respond Mon, 06 Aug 2018 14:30:57 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=1924 O instituto popular, de acordo com o exame da razão, fez da figura do alferes Xavier, o principal dos inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de glória. Merecem, decerto, a nossa estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a carregar com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria quando viu comutada a pena de morte dos seus companheiros, pena que só ia ser executada nele, o enforcado, o esquartejado, o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do martírio, e ganhar por todos, visto que pagou por todos.

ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892.

No processo de transição para a República, a narrativa machadiana sobre a Inconfidência Mineira associa

A – redenção cristã e cultura cívica.
B – veneração aos santos e radicalismo militar.
C – apologia aos protestantes e culto ufanista.
D – tradição messiânica e tendência regionalista.
E – representação eclesiástica e dogmatismo ideológico.

Comentário da questão

Trata-se, o texto-base, de em uma publicação de Machado de Assis, no jornal Gazeta de Notícias, de abril de 1892. No texto, é notório a aproximação da imagem de Tiradentes, o mártir da inconfidência mineira, à imagem de Jesus Cristo: “(…) mas o que se ofereceu a carregar com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria quando viu comutada a pena de morte de seus companheiros, pena que só nele seria executada (…)”. A construção da imagem de Tiradentes como herói nacional se deu com o advento da República, que buscava idealizar a imagem de um mito, capaz de unir o povo em torno de um ideal de nação. Construiu-se, então, em torno de Tiradentes, a imagem do mártir perfeito, morto de forma truculenta por um agente opressor, herói capaz de dar a vida pela nação — embora a causa de Tiradentes, naquele contexto, fosse mais local que nacional. O gabarito da questão é a letra A.

A comparação de Tiradentes à Jesus

Uma tela de Pedro Américo, de 1893, deu importante contribuição para construção do mito de Tiradentes à semelhança de Cristo. No infográfico abaixo, conheça um pouco mais sobre “Tiradentes Esquartejado”, de Pedro Américo:

“Tiradentes esquartejado”, Pedro Américo, 2,70 x 1,65 m, 1893, Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora, MG.
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Estão aí, como se sabe, dois… Questão 81, azul. Enem 2017. https://historiaeatualidades.com.br/2018/08/02/historia-e-ciencias-humanas-no-enem-o-estado-novo-e-o-queremismo-questao-comentada-do-enem-2017/ https://historiaeatualidades.com.br/2018/08/02/historia-e-ciencias-humanas-no-enem-o-estado-novo-e-o-queremismo-questao-comentada-do-enem-2017/#respond Thu, 02 Aug 2018 16:38:10 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=1874 Estão aí, como se sabe, dois candidatos à presidência, os senhores Eduardo Gomes e Eurico Dutra, e um terceiro, o senhor Getúlio Vargas, que deve ser candidato de algum grupo político oculto, mas é também o candidato popular. Porque há dois “queremos”: o “queremos” dos que querem ver se continuam nas posições e o “queremos” popular… Afinal, o que é que o senhor Getúlio Vargas é? É fascista? É comunista? É ateu? É cristão? Quer sair? Quer ficar? O povo, entretanto, parece que gosta dele por isso mesmo, porque ele é “à moda da casa”.

A Democracia. 16 set. 1945, apud GOMES, A, C.; D’ARAÚJO, M, C. Getulismo e Trabalhismo. São Paulo: Ática, 1989.

O movimento político mencionado no texto caracterizou-se por

A – reclamar a participação das agremiações partidárias.
B – apoiar a permanência da ditadura estadonovista.
C – demandar a confirmação dos direitos trabalhistas.
D – reivindicar a transição constitucional sob a influência do governante.
E – resgatar a representatividade dos sindicatos sob controle social.

Comentários da questão:

O movimento a que se refere o texto-base da questão é o “queremismo”, um movimento político social que se formou em torno da figura de Getúlio Vargas no final do Estado Novo para pedir sua permanência no poder. Logo, o gabarito da questão é a letra D. O nome do movimento vem do slogan adotado por seus partidários: “Queremos Getúlio”. Ante a possibilidade de Getúlio deixar o poder, eles reivindicavam uma Assembleia Nacional Constituinte, ou mesmo, em caso de eleições gerais, que Getúlio fosse candidato.

O Estado Novo e o Queremismo

Em 1937 Getúlio Vargas instaurou uma ditadura no Brasil desconsiderando a Constituição de 1934, promulgada em seu governo, instituído em 1930, pós-revolução. O regime de Vargas a partir de 1937, que ficou conhecido como Estado Novo, era fortemente inspirado nos regimes totalitários de direita que espalhavam-se pela Europa (Franco, na Espanha; Mussolini na Itália; e Hitler, na Alemanha).

Com a vitória das democracias liberais sobre as Potências do Eixo em 1945, a maioria desses regimes desapareceram da cena política ou enfraqueceram-se. Isso debilitou politicamente o governo de Getúlio Vargas que passou a ser pressionado pela oposição para convocação de eleições. Vargas passou a acenar para a possibilidade novas eleições, porém, como dispunha de grande prestígio junto às classes trabalhadoras, seus partidários iniciaram um movimento para pedir a sua permanência no poder. Para isso usavam o slogan “queremos Getúlio”, o que originou o nome de “queremismo”.

Os queremistas estiveram melhor representados no Rio de Janeiro, mas não foi o único movimento pró-Vargas a surgir com a perspectiva de fim do Estado Novo. Em São Paulo, pouco antes do queremismo, um outro movimento teve bastante proeminência, e fico conhecido como movimento dos “panelas vazias”, que a exemplo dos queremistas, exigiam a permanência de Vargas. Ante as manifestações de apoio, Getúlio passou a dar sinais dúbios a seus partidários, demonstrando indefinição quanto às suas pretensões de continuar ou não no poder. Porém, em outubro de 1945, ao substituir o chefe de polícia do Distrito Federal pelo seu irmão, Benjamin Vargas, teve seu gesto interpretado pelos adversários como uma manobra para manter-se no governo, o que motivou uma ação do alto comando do exército, que o depôs em 29 de outubro de 1945.

Era o fim do Estado Novo e também da Era Vargas.

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O que se entende por Corte do… ENEM 2009. https://historiaeatualidades.com.br/2018/02/05/o-que-se-entende-por-corte-enem2009/ https://historiaeatualidades.com.br/2018/02/05/o-que-se-entende-por-corte-enem2009/#respond Mon, 05 Feb 2018 19:09:00 +0000 https://richardabreu.com.br/?p=14379 O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis da França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas nas despesas do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais.

Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é

A – o Palácio de Versalhes

B – o Museu Britânico

C – a catedral de Colônia

D – a Casa Branca

E – a pirâmide do faraó Quéops

Comentários. Questão 47. ENEM 2009:

O Palácio de Versalhes é uma das atrações turísticas mais visitadas da França. Construído no século XVII, pelo rei Luís XIV, representava o símbolo do poder real e foi palco de grande momentos da história, como a assinatura do Tratado de Versalhes, que pôs fim á Primeira Guerra Mundial, e foi assinado em sua famosa Sala dos Espelhos. O texto base da questão remete à história francesa, referindo-se ás Casas Reais e à constituição da Corte, no antigo regime, não deixando margem para outra alternativas, que não a letra A, “Palácio de Versalhes”, tombado como patrimônio histórico da humanidade.

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