O rio Nilo foi de grande importância para o desenvolvimento da civilização egípcia, e influenciou aquela civilização em diversos aspectos, tais como os econômicos, sociais, culturais, científicos e religiosos.
Quando escreveu sobre o Egito, por volta do século V a.C, Heródoto de Halicarnasso, deixou registrado a memorável frase sobre a terra dos faraós: “o Egito é uma dádiva do Nilo“. Com isso, o antigo historiador queria deixar claro a importância do rio Nilo para a civilização egípcia, que em essência, são duas entidades inseparáveis: o povo e o Rio. Dos escritos do antigo historiador à perspectiva da historiografia moderna, é possível compreender que os egípcios foram o que foram, em consequência e por influencia do grande rio.
O rio Nilo e a economia no Egito antigo
No campo econômico, podemos destacar que durante muito tempo o Egito foi considerado o celeiro do mundo antigo. Esta abundância deu-se, sobretudo, pelas condições que o rio proporcionou àquela civilização. A cada ciclo anual de enchentes, o Nilo fertilizava grandes faixas de terras, tornando-as aptas ao cultivo e favorecendo o desenvolvimento da agricultura na região. Assim, não é exagero dizer que as oportunidades que o Nilo oferecia, favoreceram também o desenvolvimento da técnica. Para controlar o fluxo das enchentes anuais, o egípcios tornaram-se exímios construtores de canais e barragens. E criaram sistemas de medição das cheias, para aproveitar todo o seu potencial de irrigação que o Nilo oferecia.
O rio Nilo e o desenvolvimento da civilização egípcia
Ainda no campo da técnica, outro aspecto importante que resultou da relação dos egípcios com o Nilo, foi o desenvolvimento das ciências. Principalmente, a Astronomia e a Matemática. A necessidade de calcular o período das cheias do Nilo, por exemplo, fez dos egípcios excelentes astrônomos. Baseando-se pelos astros, eles podiam prever o período das enchentes e da vazante das águas e então se prepararem para os períodos de semeadura e colheita.
Aspectos religiosos do rio Nilo para o Egito antigo
Os egípcios adoravam o rio Nilo como à seus deuses. E com estes, o rio se confundia. Havia cerimônias e festejos anuais para saudar o rio, que no panteão egípcio, era representado por Hapi (o deus protetor do Nilo), e por Anunkek (a deusa das enchentes). Ao longo do ano, realizavam diversos rituais e festivais religiosos para celebrar o Nilo. Esses festivais podiam durar dias e se estender por toda a margem do rio. Nessas ocasiões eram feitas oferendas e prestadas homenagens às águas que lhes proviam de prosperidade.
Aspectos geográficos
Correndo no sentido sul em direção ao norte, o rio tem sua nascente na região da Núbia, onde hoje situa-se a Tunísia. De lá foram extraídas grande parte dos blocos de pedras usadas para erguer as monumentais obras do Egito antigo. É nesse sentido que pode-se observar também a função do rio para o transporte e comunicação com as regiões circunvizinhas do Egito — tanto ao sul, quanto ao norte, que era a porta de saída para o mar Mediterrâneo, onde o majestoso Nilo deságua em formato de um caudaloso delta.
Saiba mais o Egito antigo, suas origens, períodos históricos, apogeu e decadência, neste breve resumo sobre a história do egito.
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